sexta-feira, setembro 25, 2009

Autismo futebolês

De dia 7 a 20 deste mês realizou-se na Polónia o Campeonato Europeu de Selecções Masculinas de Basquetebol.
Como se intui facilmente, esta é a competição de basquetebol sénior mais importante que decorre na Europa e onde participam os melhores atletas Europeus espalhados pelas mais competitivas ligas de Basquetebol do Mundo.

A selecção Espanhola começou mal mas progressivamente foi assumindo os jogos e ganhou, sem grande surpresa ou dificuldades maiores, o torneio.
Na final derrotou a jovem selecção Servia (média de idades de 22 anos!), a principal revelação deste torneio.

Para surpresa minha (até me doeu a alma), nenhum dos inúmeros canais televisivos que se conseguem ver por cá emitiu o que quer que fosse relacionado com este campeonato europeu.
Nenhuma transmissão de jogos em directo, jogos em indeferido, resumos, noticias, reportagens, etc...Nada! Zero!

Em sentido inverso, na noite da grande final, vários programas desportivos discutiam pela noite dentro a mediocridade do futebol português espelhada nas analises exaustivas do penalty da mão na bola, do fora de jogo milimétrico, do cartão amarelo que deveria ter sido alaranjado, dos lenços brancos na bancada,...

Infelizmente não é só o futebol português que é medíocre. Os comentadores, a imprensa desportiva e a própria cultura geral relacionado com o desporto em Portugal é medíocre.
Há um gritante autismo que só tem olhos para o futebol...

Fui forçado a ver os jogos em qualidade fraquinha em diferentes sites da Net, saltando de uns para outros consoante a qualidade e velocidade que iam oferecendo.
Enfim...

Dos jogos que vi, houve um jogador que me deslumbrou em particular. O jovem base sérvio Milos Teodosic espalhou classe nos principais jogos... Foi completo e efectivo sem grandes espalhafatos. Sempre calmo, marcou de fora, penetrou, assistiu, fez jogar...

Este jovem de 1.95m, nascido em 1987 joga no Olympiakos Piraeus da Grécia e é treinado (o que explica muita coisa...) por um dos melhores bases da história da modalidade na Europa - o grego Pangiotis Yannakis.

Na meia final contra a equipa da Eslovénia, Teodosic (nº6), levou a equipa às costas, forçou um prolongamento decisivo e partiu a loiça toda.

Tive a sorte de conseguir ver este grande jogo num canal turco.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Hora da verdade

A política em geral e a política Portuguesa em particular atravessam um momento menos bom.
A uma semana do dia 27 de Setembro, o debate político que os media nos apresentam tem sido fraco de ideias e vazio em clarificações de projectos importantes para os País.

Fiquei particularmente estupefacto com o aproveitamento político que alguns partidos, sem excepção, fizeram de acidentes de percurso sem qualquer relevância para a vida dos Portugueses.
O uso, até à exaustão, do termo "asfixia democrática" dá-me vontade de rir... Serei só eu que elejo, pelo menos, 100 temas/dossiers mais importantes para o País?

Hoje, durante uma viagem de carro, tive a possibilidade de ouvir sem atropelos, interrupções ou contagem de tempo para resposta, uma entrevista pausada em sentido único à Dra. Manuela Ferreira Leite.


Durante mais de meia hora, o radio clube português deu um queijo e uma faca à líder do PSD.
Confirmei as minhas "piores" expectativas.
Por detrás de um discurso bem articulado, num tom firme que transparece uma ideia de rigor, esconde-se um total vazio de ideias...

Foi confrangedor ouvir uma cassete de 2 ou 3 chavões genéricos e vagos sobre emprego, economia e educação.
Mesmo com o vasto tempo de antena que disponha e, apesar das várias tentativas dos 2 jornalistas, não se soltou do pessimismo retrogrado e não expôs construtivamente o programa de governo que aplicaria em caso de vitória.
Roçou o ridículo ao insinuar que não apresentava projectos e ideias estruturantes para o país porque duvidava da saúde financeira das actuais contas publicas. Falou em arrumar a casa e depois logo se vê....

O discurso só se revelou mais ríspido, personalizado, confiante e fundamentado quando resvalou (e resvalou rapidamente, apesar de se tratar de um monólogo) para o âmbito das telenovelas mexicanas.
Fazer um empolamento destes casos (licenciatura do actual 1º ministro, Freeport, Tvi, alegadas escutas telefónicas ao Presidente da Republica, etc...) revela uma enorme desonestidade intelectual.

Quaisquer que sejam os resultados eleitorais no Domingo, espero muito sinceramente que não passe por qualquer vitória desta Sra.

Não quero imaginar o que seria ser governado por uma economista que apregoa o chavão da competência mas que é incapaz de apresentar uma ideia no plano económico para resolver o que quer que seja.

Não quero imaginar o que seria ser governado por uma política que apregoa o chavão da experiência e passado político mas que foi considerada por muitos uma das piores ministras da educação que já tivemos (ainda se lembram dos cortes orçamentais, esses sim asfixiantes, que esta Sra. introduziu ao sistema educativo?).

Não quero imaginar o que seria ser governado por uma líder que apregoa o chavão da verdade e da liberdade intelectual mas que se ajoelha perante o totalitarismo de Alberto João Jardim e ainda tem o desplante de elogiar afincadamente a liberdade existente na Madeira.

Não estou em campanha, sou totalmente apartidário... Embora correndo o risco de me desiludir, ainda voto induzido pelas principais pessoas e ideias que os partidos transportam.
E a cor laranja, nesta eleição, não me seduz minimamente...
Venha a hora da verdade!

segunda-feira, setembro 07, 2009

2010

Estou cansado do Campo...
Faz-me falta o barulho da minha Cidade...
Talvez seja essa a razão deste cinzento que sinto,apesar do verde que me rodeia...

quarta-feira, setembro 02, 2009

Por intermédio do vocalista Thom Yorke, a banda Radiohead confidenciou que não tenciona voltar a gravar novos albuns no futuro, por se tratar de um processo demasiado intenso e humanamente desgastante.
A partir de agora, a banda seguirá um modelo de disponibilização imediata de singles no site oficial, esporadicamente, consoante a maré criativa...
Fico na expectativa para perceber se as pessoas que, como eu, se alimentam da sua musica terão razões para sorrir.
Espero sinceramente que esta decisão seja sinónimo de mais concertos ao vivos... É uma espinha que ainda tenho na garganta!