...Enquanto houver ventos e mares...
sexta-feira, fevereiro 17, 2017
Way across some cold neurotic sea
Nas encruzilhadas da vida, nas boas e nas más, a musica ajuda...
Hoje, apenas isto.
https://www.youtube.com/watch?v=KxXKh9l2Aec
segunda-feira, fevereiro 22, 2016
1237 dias depois
Mil duzentos e trinta e sete dias depois volto a publicar aqui.
1237 dias?!?...
Adiante. (Havia tanto para dizer? certamente...)
Há períodos assim: em que me sinto muito mais em sintonia com o Mar (com o seu "interior") do que com a Terra (com o seu "exterior").
Salto este jogo acessório de palavras...
Preciso sim, sem floreados, do fundo mar para me equilibrar cá fora.
Preciso de mergulhar e de "usar" a leveza e o silencio que só o oceano oferece.
Difícil de explicar para quem não mergulha. Para quem nunca teve a sorte de se sentir a flutuar enquanto o tempo pára... Num ecossistema belo demais para ser comparado ao "nosso".
Salto também esta parte. Não tenho propriedade intelectual para tentar e na tentativa estou certo que nem sequer chegaria perto de conseguir descrever a palete de sensações por ali.
Espero e confio que o nascimento do meu filho torne o meu mundo fora de agua um local mais magico.
Por enquanto tenho que recorrer ao Rodrigo Leão...
https://www.youtube.com/watch?v=-smjVNvFik4
1237 dias?!?...
Adiante. (Havia tanto para dizer? certamente...)
Há períodos assim: em que me sinto muito mais em sintonia com o Mar (com o seu "interior") do que com a Terra (com o seu "exterior").
Salto este jogo acessório de palavras...
Preciso sim, sem floreados, do fundo mar para me equilibrar cá fora.
Preciso de mergulhar e de "usar" a leveza e o silencio que só o oceano oferece.
Difícil de explicar para quem não mergulha. Para quem nunca teve a sorte de se sentir a flutuar enquanto o tempo pára... Num ecossistema belo demais para ser comparado ao "nosso".
Salto também esta parte. Não tenho propriedade intelectual para tentar e na tentativa estou certo que nem sequer chegaria perto de conseguir descrever a palete de sensações por ali.
Espero e confio que o nascimento do meu filho torne o meu mundo fora de agua um local mais magico.
Por enquanto tenho que recorrer ao Rodrigo Leão...
https://www.youtube.com/watch?v=-smjVNvFik4
segunda-feira, outubro 01, 2012
Bonito...
"O amor em todo o coração e em toda a parte se procura. Já anima a possibilidade de ser encontrado e a incerteza de não passar o resto da vida sem poder amar e sem poder ser amado. O que custa é acreditar naquilo que se tem, quando todos os dias, ao longo de longos anos, se consegue encontrar esse amor que se procura, na pessoa que se ama e no lugar e no tempo — aqui, agora, daqui a bocadinho — em que mais gostamos de encontrá-lo.
Hoje a Maria João e eu fazemos doze anos de casados e a única esperança que eu tinha— que se tornasse mais fácil acreditar na sorte que me coube na pessoa que ela é e na cegueira de olhar uma segunda vez para mim — acabou por ser mentira.
Há um castigo para tudo: até para a maior felicidade. É o medo não só que tudo acabe mas que se descubra, de alguma maneira, que nunca tenha começado. Por exemplo, se ela se apaixonasse por outra pessoa.
“Não vai durar, não pode durar, é bom de mais para durar”: é isto que repito no êxtase da minha alegria roubada ao sol, como se o nosso amor e a nossa vida um com o outro fossem um prazer retumbante com um fim à vista, naturalmente aceite quando chega, como comer um gelado.
Mas dura e, quanto mais tempo dura, mais medo tenho que esteja mais perto de acabar. Não há habituação possível a esta felicidade. Não há conforto nenhum na passagem dos anos por este amor.
Cada vez mais, torna-se a única coisa que peço a Deus e a ela: Maria João, por favor, não me deixes nunca."
Miguel Esteves Cardoso, Jornal Público (domingo 30 Set. 2012)
Vem
Nunca tive tão pouco dinheiro como neste momento, nem tantas ideias e projectos na cabeça...
Para grande pena mim, não existe qualquer relação entre as duas realidades.
Assim fosse e a falta de liquidez traria,ao menos, algo de positivo...
Bem pelo contrário...
As ideias e os projectos teriam obviamente outra força com a alavanca do cifrão.
Tento puxar por mim, começando pelo simples...
Não pode haver desculpas...
Sempre no pretexto de fugir à rotina e da inércia, fitando a banalidade.
A banalidade deprime-me...
A passagem dos dias sem objectivos enche-me de vazio...
A banalidade deprime-me...
A passagem dos dias sem objectivos enche-me de vazio...
Setembro foi mês de voltar à cozinha. Com amor :)
Outubro será mês de iniciar alterações em casa...
Partir ali, mudar de sitio, reciclar isto, pintar aquilo, comprar aquela peça,...
Novembro começar a pensar na próxima "grande" (pensar em grande impõe-se, mesmo quando não há dinheiro) viagem.
Desejar visitar sítios com outro "batimento".
Locais com outra densidade (a quantidade está fora desta equação...) de pessoas, cheiros, sensações, sabores.
Em busca de paisagens (cada vez sou mais de paisagens) que te apertem de tão grandiosas e belas.
Sair da área de conforto impõe-se de tempos a tempos. Imponho-me...
Faz-me crescer e voltar mais forte à casa de partida.
Faz-me crescer e voltar mais forte à casa de partida.
Os sítios que exigem mais de nós, são para mim os mais fascinantes.
Mesmo que o corpo não o entenda como férias.
Estou feliz.
E quero prolongar e levar o sentimento para outros níveis.
Vens?
terça-feira, setembro 04, 2012
segunda-feira, junho 25, 2012
Mergulho,bom...
Agarrado a este som, a este álbum...
Agarrado à perfeição que me invadiu durante o concerto...
Há quem diga que é um álbum triste...
Eu vejo-o e oiço-o como um álbum de esperança e de calma...
A calma, bem cantada, transmite-me esperança e bons sentimentos...
Semelhante a um bom mergulho de mar...
Agarrado à perfeição que me invadiu durante o concerto...
Há quem diga que é um álbum triste...
Eu vejo-o e oiço-o como um álbum de esperança e de calma...
A calma, bem cantada, transmite-me esperança e bons sentimentos...
Semelhante a um bom mergulho de mar...
sexta-feira, junho 15, 2012
Learning to get rid of all that stuff...
Há pouco tempo vi um concerto desta jovem Sra.
Chama-se Joan Wasser, mais conhecida como Joan as police woman.
Esta jovem Sra deu um concerto medíocre.
Tem uma grande voz mas a solo não consegue/ não conseguiu esconder as limitações no piano (já para não falar da guitarra...ui...3 acordes, não mais) e o repertório, na minha opinião, era demasiado monocórdico e triste para uma actuação sem banda...
Gosto do maior exito Magic.
Gosto do swing e da letra e gosto desta pequena entrevista em que Joan fala sobre a musica...
E divaga...
Compreendo-te Joan...
Todos os anos, no inicio de cada ano, estabeleço objectivos para o respectivo ano...
Isto voa!
Demasiado rápido...
Preciso destes objectivos para me centrar e não perder o norte do que considero verdadeiramente importante...
E se por um lado me tento agarrar,com tudo, ao que me faz e poderá fazer feliz, por outro lado tenho que lutar contra o lixo e o acessório que encontro no caminho...
Se por um lado julgo saber o que quero, por outro a passagem do tempo não me deixa indiferente...
O futuro é hoje!
E ainda tenho tanto para fazer...
Estou no trilho...
Nos entretantos, arrumo ideias, revejo objectivos e tento-me rodear de quem partilha os meus valores e me faz sentir bem...
Tudo o resto é passageiro.
Tudo o resto é ruído...
segunda-feira, maio 21, 2012
As Horas
Prologue
"I’m many-sided.
I’m overworked,
and idle too.
I have a goal
and yet I’m aimless.
I don’t, all of me, fit in;
I’m awkward,
shy and rude,
nasty and good-natured.
I love it,
when one thing follows another
and so much of everything is mixed in me:
from west to east,
from envy to delight.
I know, you’ll ask:
'What about the overall goal? '
There’s tremendous value in this all!
I’m indispensable to you!
I’m heaped as high
as a truck with fresh-mown hay!
I fly through voices,
through branches,
light and chirping,
and butterflies flutter in my eyes,
and hay pushes out of cracks.
I greet all movement! Ardor,
and eagerness, triumphant eagerness!
Frontiers are in my way.
It is embarrassing
for me not to know Buenos Aires and New York.
I want to walk at will
through London,
and talk with everyone,
even in broken English.
I want to ride
through Paris in the morning,
hanging on to a bus like a boy.
I want art to be
as diverse as myself;
and what if art be my torment
and harass me
on every side,
I am already by art besieged.
I’ve seen myself in every everything:
I feel kin to Yesenin
and Walt Whitman,
to Mussorgsky grasping the whole stage,
and Gauguin’s pure virgin line.
I like
to use my skates in winter,
and, scribbling with a pen,
spend sleepless nights.
I like
to defy an enemy to his face,
and bear a woman across a stream.
I bite into books, and carry firewood,
pine,
seek something vague,
and in the August heat I love to crunch
cool scarlet slices of watermelon.
I sing and drink,
giving no thought to death;
with arms outspread
I fall upon the grass,
and if, in this wide world, I come to die,
then it’s certain to be
from sheer joy that I live. "
Yevgeny Yevtushenko, 1957
Obrigado Carol*
"I’m many-sided.
I’m overworked,
and idle too.
I have a goal
and yet I’m aimless.
I don’t, all of me, fit in;
I’m awkward,
shy and rude,
nasty and good-natured.
I love it,
when one thing follows another
and so much of everything is mixed in me:
from west to east,
from envy to delight.
I know, you’ll ask:
'What about the overall goal? '
There’s tremendous value in this all!
I’m indispensable to you!
I’m heaped as high
as a truck with fresh-mown hay!
I fly through voices,
through branches,
light and chirping,
and butterflies flutter in my eyes,
and hay pushes out of cracks.
I greet all movement! Ardor,
and eagerness, triumphant eagerness!
Frontiers are in my way.
It is embarrassing
for me not to know Buenos Aires and New York.
I want to walk at will
through London,
and talk with everyone,
even in broken English.
I want to ride
through Paris in the morning,
hanging on to a bus like a boy.
I want art to be
as diverse as myself;
and what if art be my torment
and harass me
on every side,
I am already by art besieged.
I’ve seen myself in every everything:
I feel kin to Yesenin
and Walt Whitman,
to Mussorgsky grasping the whole stage,
and Gauguin’s pure virgin line.
I like
to use my skates in winter,
and, scribbling with a pen,
spend sleepless nights.
I like
to defy an enemy to his face,
and bear a woman across a stream.
I bite into books, and carry firewood,
pine,
seek something vague,
and in the August heat I love to crunch
cool scarlet slices of watermelon.
I sing and drink,
giving no thought to death;
with arms outspread
I fall upon the grass,
and if, in this wide world, I come to die,
then it’s certain to be
from sheer joy that I live. "
Yevgeny Yevtushenko, 1957
Obrigado Carol*
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