Tanto gosto de ir ao cinema para me rever nas personagens, nos cenários, nos diálogos, nas acções como me agrada a ideia de ser surpreendido por filmes que me transportam para outro campo de sentidos, diferentes dos que me poveiam na normalidade… Enfim, a visão normal/habitual de quem gosta de cinema.
Esta semana vi o último filme de Michael Haneke.
Bem, na verdade não se trata de um novo filme mas de um remake, a piscar o olho à bilheteira mainstream, do seu filme Funny Games versão francesa de 1997...
Saí do cinema sem conseguir discernir o trajecto do balanço “classificativo” que normalmente faço de um filme.
Acho que thriller provocante, que nos tortura e nos põe à prova constantemente está correcto…
Há uma carga emocional em artérias que não exploro e o binómio objecto artístico e sentimentos explorados (sadismo, violência gratuita, maldade, psicose,...) ainda se define na minha cabeça….
Custou a digerir a tensão psicológica e a força que mergulha o argumento do início ao fim. O clima é denso e não há espaço para descompressões ou respiros que nos tragam de volta à normalidade…
É nessa fronteira limite de crueldade e ausência de valores que o filme se passeia e nos dá as tais picadas de tensão psicológica lado a lado com uma loucura de origem desconhecida. Meia infantil, meia demente…
Bem, na verdade não se trata de um novo filme mas de um remake, a piscar o olho à bilheteira mainstream, do seu filme Funny Games versão francesa de 1997...
Saí do cinema sem conseguir discernir o trajecto do balanço “classificativo” que normalmente faço de um filme.
Acho que thriller provocante, que nos tortura e nos põe à prova constantemente está correcto…
Há uma carga emocional em artérias que não exploro e o binómio objecto artístico e sentimentos explorados (sadismo, violência gratuita, maldade, psicose,...) ainda se define na minha cabeça….
Custou a digerir a tensão psicológica e a força que mergulha o argumento do início ao fim. O clima é denso e não há espaço para descompressões ou respiros que nos tragam de volta à normalidade…
É nessa fronteira limite de crueldade e ausência de valores que o filme se passeia e nos dá as tais picadas de tensão psicológica lado a lado com uma loucura de origem desconhecida. Meia infantil, meia demente…
A brincadeira é perigosa e nem a ironia que alimenta os diálogos evita o game over, insert coin…
A dada altura, o espectador dá por si envolto num jogo estupidamente cínico e mordaz conduzido por duas personagens gélidas de comando de televisão e taco de golfe na mão,… .
A violência banaliza-se e danifica tudo o que anteriormente considerávamos como sendo norma.
As personagens são de uma qualidade irrepreensível e a condução do jogo faz-se com uma genialidade só ao alcance do mal, com um ritmo cativante que nos convida a tentar adivinhar a próxima cena.
É um filme muito duro porque mostra, sem mostrar, uma violência impar, estranha e gratuita, de uma força devastadora.
Terror lado a lado com brincadeira? Ingenuidade maldosa lado a lado com maldade planificada…
Continuo a digerir aqueles 107 mins, mas, aconselho vivamente este filme - por tudo o que disse e porque a maldade bem filmada e bem dirigida também tem o seu encanto.
http://www.youtube.com/watch?v=Ec-70W_K77U
A dada altura, o espectador dá por si envolto num jogo estupidamente cínico e mordaz conduzido por duas personagens gélidas de comando de televisão e taco de golfe na mão,… .
A violência banaliza-se e danifica tudo o que anteriormente considerávamos como sendo norma.
As personagens são de uma qualidade irrepreensível e a condução do jogo faz-se com uma genialidade só ao alcance do mal, com um ritmo cativante que nos convida a tentar adivinhar a próxima cena.
É um filme muito duro porque mostra, sem mostrar, uma violência impar, estranha e gratuita, de uma força devastadora.
Terror lado a lado com brincadeira? Ingenuidade maldosa lado a lado com maldade planificada…
Continuo a digerir aqueles 107 mins, mas, aconselho vivamente este filme - por tudo o que disse e porque a maldade bem filmada e bem dirigida também tem o seu encanto.
http://www.youtube.com/watch?v=Ec-70W_K77U
2 comentários:
Sim, senhor Vidal! Não sabia que tb eras crítico de cinema. Muito bem, Pedro, tens aqui uma bela crítica. Por acaso ainda não vi o filme mas tenho vontade ver. Agora só em dvd. Aquele Abraço...Carlos Duarte
Hello. And Bye.
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