Descobri a escrita de Valter Hugo Mãe por completo mero acaso....
Folheava o Ípsilon, suplemento do publico, como sempre faço religiosamente às 6ª feiras.
Ponho umas palas laterais e foco a minha atenção na musica, cinema e agenda do fim de semana. Só!
Mas nesta 6ªf dia 7 de Setembro de 2007 li umas entrelinhas dumas linhas duma crónica dum gajo qualquer.
O gajo qualquer era/é o escritor multifacetado (agora sei que o é...) Valter Hugo Mãe e as linhas pertenciam ao um texto intitulado "O fim do verão é feito disto":
http://www.enquantohouverventosemares.blogspot.com/2007/09/o-fim-do-vero-feito-disto.html
Na altura o texto agarrou-me forte... Cada linha parecia ter saído do meu imaginário.
Acho que muitas vezes é esse o poder (chamado talento...) dos escritores que nos fidelizam os sentimentos em determinadas linhas, textos... Quase sem querer, quase sem esforço.
Na altura investiguei quem era este gajo...
Descobri o blog dele (do gajo...), enviei-lhe uma mensagem a felicitar-lhe pela qualidade do texto. Amavelmente respondeu-me...
Nos entretantos ganhou inúmeros prémios por livros que foi editando.
O pontapé bem sucedido de arranque para um reconhecimento mais abrangente foi o livro "O remorso de Baltazar Serapião". Ganhou o prémio José Saramago 2007.
Na altura Saramago classificou-o (ao livro) desta maneira:
"este livro é um tsunami, não no sentido destrutivo, mas da força.
Foi a primeira imagem que me veio à cabeça quando o li... (....)
Quando foi publicado? E os sismógrafos não deram por nada?
Oh que terra insensível: este livro é uma revolução.
Tem de ser lido, porque traz muito de novo e fertilizará a literatura."
Estou neste momento a terminá-lo...
Estou colado a este livro há dias. De forma ininterrupta.
É uma escrita diferente...
Agarra, é crua e dura (cruel mesmo...O universo medieval do livro impõe-o) mas ao mesmo tempo é uma escrita leve, que alimenta e surpreende no andamento quase musical.
Entramos na cabeça das várias personagens, sentimos e somos conduzidos pela rudeza da vida da época.
Historia fantástica (vem me sempre à memória o filme Mal nascida do João Canijo. Que também adorei.) e escrita genial, na minha opinião... Não consigo definir melhor.
Vou seguir o trilho da escrito do "gajo" (deste gajo...).
Vou...
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