Tínhamos, depois de muito suor, chegado ao parque nacional das Quirimbas...
Na ilha do Ibo arranjámos um alojamento muito porreiro numa antiga casa colonial restaurada chamada Miti Miwiri (significa Duas Árvores em linguagem indígena) , propriedade de dois jovens (um Alemão e um Francês com descendência Portuguesa/Moçambicana) e acordámos (depois de uma boa noite de sono) revigorados com a sensação que a verdadeira jornada por terras Moçambicanas ía começar...
Mahomed, o nosso guia local para aquele "passeio", já nos esperava há 2 horas na entrada do hostel...
Deveríamos ter saído mais cedo mas o conforto do quarto e o cansaço acumulado foram um binómio difícil de conjugar com despertares matinais cedo, muito cedo...
Por estas bandas o dia e o sol nascem às 5h e o calor instala-se sem pedir licença.
Deveríamos, de facto ter saído mais cedo...
A maré já estava a subir e tínhamos uma caminhada de 2 horas para fazer em terrenos desconhecidos, alguns deles já com 1metro de altura de água.
Assim se justificada a obrigatoriedade de termos um guia. Um guia local...
A 1ª parte da caminhada, cerca de 1 hora foi feita num pequeno canal por onde a maré subia, contornando o matagal e vegetação mais densa. O terreno era ludouso e meio traiçoeiro....
Mahomed começou tímido, mais preocupado em manter uma passada ritmada e consistente: Todos os(as) moçambicanos(as) têm uma forma muito sui generis de andar... Parece que se movem sem grande esforço e a uma velocidade reduzida mas têm uma cadência forte o que torna o andar rápido e nada relaxado..., mas depois de "puxarmos" por ele, mostrou-se comunicativo...
Mahomed começou tímido, mais preocupado em manter uma passada ritmada e consistente: Todos os(as) moçambicanos(as) têm uma forma muito sui generis de andar... Parece que se movem sem grande esforço e a uma velocidade reduzida mas têm uma cadência forte o que torna o andar rápido e nada relaxado..., mas depois de "puxarmos" por ele, mostrou-se comunicativo...
Contou-nos a historia da ilha, contou-nos a sua própria história e a história que queria escrever no futuro...
Mostrou-nos a fauna e a flora, com todos os pormenores a que tínhamos "direito".
A determinada altura do caminho, chegámos a uma grande clareira de areia. Areia lisinha a perder de vista... Faltava pouco, segundo Mahomed.
Era só dobrar a paisgem e começaríamos a ver o destino - Ilha das Quirimbas.Foi mais 1h30 a andar...
Pelo caminho fomo-nos cruzando com pequenos grupos de pessoas, sempre carregadas e sempre com a tal passada ritmada sem vacilar...
Faziam como nós a travessia entre as duas ilhas.
Mais uma vez confirmamos a tese de que em qualquer parte recondida de Moçambique iremos sempre encontrar alguém a andar para alguma parte.
A maré, aos poucos ía subindo.
Entrando devagar por pequenos canais que ía desenhando na areia...
E aos poucos fomos vendo a ilha mais perto.
O sol estava alto, forte...
Precisávamos de uma agua fresca e um prato quente para acalmar os sentidos.
Mahomed, garantiu-nos que muito provavelmente íamos conseguir (apesar de já ser tarde e estarmos a chegar sem qualquer aviso...) comer qualquer coisa na casa de um pescador local logo à entrada da ilha.
O plano seria tentar conseguir qualquer coisa para comer e enquanto o pescador desenrascava almoço fazer uns mergulhos num canal com pequenos corais que existia no lado esquerdo da ilha...
......
3 comentários:
então e mais fotos?
A aguardar....
Andas muito preguiçoso!Já vão 5 semanas sem novidades!
queremos mais publicações!
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