segunda-feira, abril 30, 2012

Indie, take 1


                                                                         


                                                             
Apostas feitas... Apostas ganhas.

Inni é o documentário sobre a digressão 2008 dos Sigur Rós. Digressão que vi no campo pequeno e me marcou...
 Já usei a palavra mágico neste blog demasiadas vezes... :) Mas este concerto foi de facto mágico.
Ao contrário do documentário Heima, centrado nas paisagens únicas da Islândia (irei um dia... sei que sim) e na comunhão perfeita com as melodias dos Sigur Rós, Inni remete única e exclusivamente para o grupo e para a sua musica ao vivo (o documentário é o resultado de duas noites de concerto no Alexandra Place, Londres). 
Fotografia excelente, sóbria mas minuciosa nos pormenores... Lindo filme! 
Recomendo bastante para quem gosta da musica deles e tem saudades de todo o ambiente musical e cénico de um concerto dos Sigur Rós.

Wild Thing é um puro documentário rock. Não pretende ser mais nem menos que isso...
Retrata, pelos olhos do francês  Jérôme De Missolz (nunca vi nada deste gajo...), o andamento da cena rock desde os anos 60 até Rage Against the Machine e Kurt Kobain.
Está tudo lá... Parece uma enciclopédia musical, com capítulos e letras gordos para os icons "obrigatórios".
Elvis, Iggy Pop, Stones, Sid Vicious, Jim Morrison, The Who, Beatles, Jimmi Hendrix, Bob Dylan, Clash, Ian Curtis, Jeff Buckley, and so on....  
Muita informação preciosa (obrigatório para quem gosta do rock), excelente para um sábado de ressaca :)

"A mim sempre me afligiu muito ver cinema. 
Morri mil mortes a ver certos filmes e quero continuar a morrer sem ser obrigado a ressuscitar. 
E o mesmo serve para ver pintura, ouvir musica, ler. 
Com mais talento ou mais ou menos cinefilia, parecemos uns tontos a tentar escapar desse velho, irreparável argumento."

Pedro Costa (ípsilon 27 Abril 2012)

quinta-feira, abril 26, 2012

domingo, abril 22, 2012

Giboiar cultural

Depois de uma noite bem estupidificante de muito álcool, diálogos estranhos e palhaçadas  reconfortantes para o ego infantil, sinto quase sempre necessidade de limpar o corpo e enriquecer a alma...
Neste domingo aproveitei a companhia da ressaca para giboiar no sofá.
Vi 2 documentários realizados por um Algarvio.
"O Labirinto do atum" e "Vizinhos, Turquia outro lado da Europa":





E dormi aquela sesta valente, como Deus quer e o diabo deixa, ao som de um dos meus albuns favoritos dos Mogwai. Bem minimal e calmo como o sono deve ser...
Excelente para dormir uma sesta no alfa a caminho de Lx e no meu sofá com almofada XL.



terça-feira, abril 17, 2012

domingo, abril 15, 2012

Mergulho

De tempos a tempos volto a esta melodia...
A musica influência o meu estado de espirito. Como acontece com toda a gente, suponho...
Influência-me muito. Demasiado.
Esta é daquelas que me deixa sem palavras (até porque o dialecto é "especial")...
Sinto-me muito bem (tipo aquela rapariga do anuncio da evax mas ainda melhor), tranquilo, autêntico...
Melhor pessoa... (ok, talvez esteja a exagerar. Mas sinto-o)
Como se o mergulho no mais bonito dos mares pudesse durar por horas. Sem qualquer interferência...




Wise Celine...

quinta-feira, abril 12, 2012

Navegações

2 blogues que estou a seguir...

Arquitectura, sustentabilidade, etc e tal...
http://www.casadavizinha.eu/

Musica, cinema, imagem, etc e tal...
http://sound--vision.blogspot.pt/

Interessantes...

domingo, abril 01, 2012

É na Terra, não é na Lua

Esta semana estreou o ultimo filme/documentário de Gonçalo Tocha - "É na Terra, não é na Lua".
Ainda não o vi mas será para breve.
O documentário é inteiramente filmado no Corvo, a ilha mais ocidental e pequena dos Açores. Não será exagero dizer que é a ilha mais isolada da Europa.
Neste longa metragem, a ilha é por si só o inicio, o meio e o fim...
A revista Atual do Expresso de hoje tem uma pequena entrevista com o realizador... 
Retive esta resposta:

"Numa ilha, a noção de tempo é particular. Como observas isso na especificidade do espaço que filmaste? É ainda mais intenso?

 - É, sem duvida. Tentei não olhar para essa particularidade, já está muito falada. 
Mas, tendo lá vivido e depois saído, vejo que esse tempo a que chamaria de espera é ainda mais forte. Um tempo de disponibilidade para a espera. As pessoas não estão propriamente à espera... Mas têm como que uma capacidade de parar a acção que em Lisboa, por exemplo, deixámos de ter. 
Esquecemos a capacidade que temos de congelar o tempo. Praticar simplesmente o olhar. Nem olhar o horizonte, mas "parar" o tempo e ficar a olhar, o que for. Param de trabalhar para contemplar. A fazer nada, a olhar para nada, o usufruto da capacidade de quase congelar o tempo, descansar sobre ele. Talvez também por isso goste tanto de filmar nos Açores. "

Revi-me nestas linhas... 
Nas duas estadias nos Açores, senti uma calma enorme... Quase que uma viagem interior muito simples mas muito reconfortante para a alma. 
É um sitio mágico, sem qualquer duvida.
Apaixonei-me em especial por S. Jorge e Flores...
Na ultima vez fiquei a poucos metros da ilha do Corvo e ironia do destino, no dia de festa da ilha, tornou-se ainda mais inacessível e isolada. Não consegui barco... O mau tempo e poucas embarcações a fazer a viagem inviabilizaram a ida.
Vou voltar a S. Jorge, às Flores e irei ao Corvo certamente, com calma e à procura de poder "congelar o tempo e descansar sobre ele". Não pensar em nada... Deixar a natureza mandar nos sentidos mais uma vez...


Lagoa comprida (Flores)
Entretanto, vou ver o filme do Gonçalo Tocha e persistir na vontade de regressar em breve aos Açores.
Dêem-me 2m2 para montar a minha tenda virada para o Pico e sou um gajo feliz...