terça-feira, fevereiro 19, 2008

O meu amor existe

Hoje, tudo o que poderia aqui escrever teria inevitavelmente que passar para um 2º plano, perante a delicadeza introspectiva que esta musica e estes versos me provocam…
Oiço-a há muitos anos.
Não me canso de a ouvir….
Duvido mesmo que algum dia isso aconteça… Seria um sério aviso à integridade da espinha dorsal dos meus sentimentos.
Há medida que o passar do tempo me obriga a ser irónico e me caleja o “andar”, ouvir esta música continua a ser um poderoso click instantâneo que me faz sorrir com aquele brilhozinho especial…
Hoje voltou a acontecer…
O shuffle do iPod disparou-a na minha direcção, em plena fila do Hipermercado… E a banalidade do acto de alimentar a dispensa desapareceu.
Não vi nenhum trevo na tromba de um elefante. Não vi nenhum elefante. Mas pouco interessava…
A minha fantasia era outra!
Pouco interessava o olhar frio de estranheza e desdém do cliente atrás de mim, como se toda a gente tivesse que andar zangado com a vida…
Pouco interessava a postura robótica e quase ditatorial da menina da caixa que interrompia o “meu momento” com perguntas automáticas disparadas a velocidade fulminante sobre o modo de pagamento, se pretendia factura, onde acabavam os meus artigos, se queria o leite em sacos, etc…
Nada interessava!
Naquele momento, eu só queria ouvir a música e sorrir interiormente enquanto sussurrava os versos que sei de cor há muitos Invernos. Eu só queria acreditar que o meu amor existe!

"O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe."


J. Palma

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Votaria Hussein

As eleições Norte-Americanas estão a entrar na recta final decisiva.
Nos vários artigos de opinião, peças televisivas, debates, blogues e jornais, surge vezes sem conta referência ao facto de pela 1º vez existir forte probabilidade de o Presidente do E.U.A vir a ser uma Mulher ou um Afro-Americano.

As comparações entre os candidatos Democratas (uma Mulher e um Afro-Americano, 2 políticos, 2 seres humanos) acontecem todos os dias… A análise exaustiva das características culturais, raciais dos estados conquistados por cada um. Os seus passados, os seus discursos…
Um a piscar o olho ao eleitorado branco e o outro a tentar cativar o eleitorado de outras origens, segundo a visão dos analistas politicos…



A minha questão é a seguinte:

- A repetição e importância dada a este pormenor bipolar não será por si só, ao contrário do que muitos apregoam, um sinal contrário à ideia de igualdade e pluralidade cultural e racial?

- Dar tanta importância a estes pormenores não acentuará ainda mais o conceito instituído em muitas sociedades, infelizmente predominante nos principais sectores de decisão (a politica é um deles…), de dominância do “Homem Branco”?
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Pela informação que tenho digerido e pela análise distante que faço das ideias propostas, se fosse Norte Americano votaria Obama. Não por ele ter um tom de pele mais escuro do que qualquer Ex-Presidente, mas por se propor a levar uma mentalidade nova para a casa Branca.
Tem menos experiência política que os restantes candidatos, mas também por isso, deverá ter menos “vícios” e menos lobbys a reboque das suas decisões…

Depois do desastroso 2º mandado do Bush filho, porque não dar uma oportunidade a sangue novo com novas ideias governar o País mais influente do Mundo?

Outro pormenor curioso, o nome completo deste senhor é Barack Hussein Obama. Um(a) Pormenor/curiosidade irónico(a)...
Porque não um Hussein a governar o País que grosseiramente auto-proclamou, em nome do Mundo Ocidental dizem "Eles", uma guerra sangrenta no Iraque e que pactuou em silêncio com o enforcamento mediático do ditador Hussein?

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Ai Timor...

Timor volta a agenda Internacional. Mais uma vez pelos piores motivos…
Mais uma vez cá vamos nós, Portugal (juntamente com a Austrália), partir com tropas e ajudas para sarar as feridas, arrumar a casa, impor a ordem e “devolver” o País um pouco mais organizado…
Mais uma vez cá vamos nós juntamente com a Austrália, pressionar a comunidade internacional para dar um empurrão a um País que vira costas à Democracia e que displicentemente gasta os créditos que ganhou…

Sem qualquer pitada de racismo, laivos de colonialista ressabiado, ou demagogia ao pior estilo CDS, confesso que começo a ficar farto deste tipo de situações.
Até quando?
Sinto que apesar de termos há muito tempo abandonado o território Timorense, vamos à semelhança do que aconteceu em algumas ex-colónias Portuguesas, continuar a ser responsabilizados por tudo de mau que por lá acontece(eu).
Bem ou mal, a verdade é que já passaram muitos anos...
O processo de “saída” pode não ter sido o melhor nem o mais justo mas quantos anos são necessários a um Povo para se organizar minimamente?
Afinal quem quis ser Independente?
Se realmente quisessem, ainda por lá estaríamos nas Colónias…

Numa altura em que a Austrália se prepara para injectar rios de dinheiros em Timor (se se confirmar, tudo indica que sim, que existe petróleo na offshore da costa Timorense), há uma tentativa de golpe de estado….Humm…Estranho!
Petróleo, uma oportunidade de ouro para projectar o País. Ou talvez não!!

É complicado impor Democracia num País de guerreiros. Imagino que lhes estará no sangue o espírito de guerrilha que vai passando de geração em geração…
É complicado um País ganhar autonomia, desenvolver-se e crescer económica e socialmente de forma justa quando o Povo não é trabalhador.
Na ressaca da sangrenta tragédia de Santa Cruz, muitos Timorenses foram aceites em Portugal… Não conheço nenhum, em nenhuma franja de negócio ou ramo empregador, que tenha singrado na Europa. Nunca vi um Timorense a trabalhar na construção Civil, a montar um negócio, a servir a uma mesa, a conduzir um táxi, a trabalhar numa loja, a dirigir uma empresa…Desculpem se estou errado, mas é uma simples observação directa: Não conheço…Alguém conhece?...Porque na verdade, a maior parte deles, viveu à custa de apoios e subsídios do estado.
Timor continua a ser, hoje em dia, um dos países mais pobres da Ásia. Deve ser ajudado no âmbito das Nações Unidas e Portugal, pelas razões histórias inerentes ao passado, deve ser solidário sempre que necessário. Não podia estar mais de acordo!
Mas esta postura é insuficiente e vai continuar a ser… Enquanto o Povo se deixar envenenar por grupos que preferem o uso da catana ao direito de voto e enquanto o Povo preferir usufruir das riquezas naturais em vez de as trabalharem e as porem ao serviço do País, a palavra esperança vai continuar a ser isso mesmo: Uma simples esperança!

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

É Frevo!!

Carnaval?!?
Só se for na Mangueira...;)

P.S. - Saudades daquela noite no pavilhão verde rosa...

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

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Jornalista (jornal Expresso) - Porque é que não realiza mais filmes?

Sean Penn - Tenho ao dispor o luxo de não ter de o fazer para sustentar a família. Posso sempre ser actor para pagar as contas.
Fazer filmes é como correr os bares todas as noites com vontade de encontrar uma mulher de sonho. Acho que é muito mais sensato ir com a expectativa de que um caso de amor só aparece de cinco em cinco anos. Se tivermos sorte...
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