quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Votaria Hussein

As eleições Norte-Americanas estão a entrar na recta final decisiva.
Nos vários artigos de opinião, peças televisivas, debates, blogues e jornais, surge vezes sem conta referência ao facto de pela 1º vez existir forte probabilidade de o Presidente do E.U.A vir a ser uma Mulher ou um Afro-Americano.

As comparações entre os candidatos Democratas (uma Mulher e um Afro-Americano, 2 políticos, 2 seres humanos) acontecem todos os dias… A análise exaustiva das características culturais, raciais dos estados conquistados por cada um. Os seus passados, os seus discursos…
Um a piscar o olho ao eleitorado branco e o outro a tentar cativar o eleitorado de outras origens, segundo a visão dos analistas politicos…



A minha questão é a seguinte:

- A repetição e importância dada a este pormenor bipolar não será por si só, ao contrário do que muitos apregoam, um sinal contrário à ideia de igualdade e pluralidade cultural e racial?

- Dar tanta importância a estes pormenores não acentuará ainda mais o conceito instituído em muitas sociedades, infelizmente predominante nos principais sectores de decisão (a politica é um deles…), de dominância do “Homem Branco”?
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Pela informação que tenho digerido e pela análise distante que faço das ideias propostas, se fosse Norte Americano votaria Obama. Não por ele ter um tom de pele mais escuro do que qualquer Ex-Presidente, mas por se propor a levar uma mentalidade nova para a casa Branca.
Tem menos experiência política que os restantes candidatos, mas também por isso, deverá ter menos “vícios” e menos lobbys a reboque das suas decisões…

Depois do desastroso 2º mandado do Bush filho, porque não dar uma oportunidade a sangue novo com novas ideias governar o País mais influente do Mundo?

Outro pormenor curioso, o nome completo deste senhor é Barack Hussein Obama. Um(a) Pormenor/curiosidade irónico(a)...
Porque não um Hussein a governar o País que grosseiramente auto-proclamou, em nome do Mundo Ocidental dizem "Eles", uma guerra sangrenta no Iraque e que pactuou em silêncio com o enforcamento mediático do ditador Hussein?

3 comentários:

Chá disse...

Não é a primeira vez que cá venho, mas é a primeira que me apetece comentar algo.
Acho engraçada a forma acutilante como escreves. Argumentas bem, mas para dizer a verdade nem li tantas coisas como isso.
Gostei em particular do post sobre a nova lei do tabaco (está bem...confesso que esse foi o único post que li verdadeiramente).
Conseguiste nele resumir bem aquilo que eu também penso. Mais ainda quando me lembrei de ver os comentarios do post e reparo que a ideia está reforçada, com clareza e fluidez diga-se de passagem.

Já estou a divagar muito...

Enfim, já comentei o post que queria, mas não no post correspondente (?)

Como as coisas são...

Seamoon disse...

Oi :))
Sabes que tenho a mesma percepção que tu sobre este assunto em questão,cansa-me este rebolico em torno da raça e género,tem se dado maior relevancia a esse ponto do que propriamnete qual a agenda e diferenças de estratégia de planos politicos que existem entre cada um dos candidatos...efim,é uma américa ! ;)))
Mil jinhos.
sea.

Untitled disse...

Vivemos num mundo cão, que é donimado por um país sem escrupulos onde é dificil acreditar em qualquer pessoa que tente chegar ao poder. Poder, mas o que significa essa palavra? Só traz revolta, inveja, e tentativas de suborno! barda merda para tudo isso, por mim poderia ser japonês, a tralha é a mesma, não pela origem, mas pelos interesses que sao sempre os mesmos! Abraço ginobili