Prologue
"I’m many-sided.
I’m overworked,
and idle too.
I have a goal
and yet I’m aimless.
I don’t, all of me, fit in;
I’m awkward,
shy and rude,
nasty and good-natured.
I love it,
when one thing follows another
and so much of everything is mixed in me:
from west to east,
from envy to delight.
I know, you’ll ask:
'What about the overall goal? '
There’s tremendous value in this all!
I’m indispensable to you!
I’m heaped as high
as a truck with fresh-mown hay!
I fly through voices,
through branches,
light and chirping,
and butterflies flutter in my eyes,
and hay pushes out of cracks.
I greet all movement! Ardor,
and eagerness, triumphant eagerness!
Frontiers are in my way.
It is embarrassing
for me not to know Buenos Aires and New York.
I want to walk at will
through London,
and talk with everyone,
even in broken English.
I want to ride
through Paris in the morning,
hanging on to a bus like a boy.
I want art to be
as diverse as myself;
and what if art be my torment
and harass me
on every side,
I am already by art besieged.
I’ve seen myself in every everything:
I feel kin to Yesenin
and Walt Whitman,
to Mussorgsky grasping the whole stage,
and Gauguin’s pure virgin line.
I like
to use my skates in winter,
and, scribbling with a pen,
spend sleepless nights.
I like
to defy an enemy to his face,
and bear a woman across a stream.
I bite into books, and carry firewood,
pine,
seek something vague,
and in the August heat I love to crunch
cool scarlet slices of watermelon.
I sing and drink,
giving no thought to death;
with arms outspread
I fall upon the grass,
and if, in this wide world, I come to die,
then it’s certain to be
from sheer joy that I live. "
Yevgeny Yevtushenko, 1957
Obrigado Carol*
segunda-feira, maio 21, 2012
quinta-feira, maio 17, 2012
Intensidade (em capsulas...)
Não bebo café. Não ganhei esse gosto e muito menos o hábito.
Apesar de gostar do cheiro e de um bom gelado de café...
Facilmente se percebe que não sou a melhor pessoa para repor o stock de capsulas nespresso na casa dos pais. Ainda mais sem qualquer indicação do que comprar e estando estes como os telemóveis desligados (um verdadeiro luxo hoje em dia... Admiro-os também por isso. Mas menos nesta manhã).
Lá entrei na dita loja dos anúncios do Clonney com a dita missão, como quem vai ao mercado comprar frutos secos (melhores e mais baratos que no supermercado. Tirando o pingo doce no dia do trabalhador, claro).
É aquilo, não haverá muita ciência. Pensei eu.
Dão me uma senha. (?)
Ok...
Numero 200.
Até gosto do numero.
Numero redondo.
A minha satisfação dura 5 segundos.
O tempo até me aperceber (sol alto lá fora e cartas fortes para o resto do dia...) que estão 26 pessoas à minha frente...
Muita giro!
Tá bonito...
Deu para ouvir 3/4 do novo album dos Sigur Rós no velhinho ipod. (coisa boa demais para misturar com posts banais como este.)
Quando vou escolher o café (no fundo aquela merda é só café... Só!) começa a aventura.
Vamos pela intensidade de sabor... Será mais fácil, diz-me a rapariga, jovem, sorriso bonito, bem articulada no discurso e treinada na função.
Nada de fitas... Siga!
Para ser mais fácil, levo 40 capsulas do sabor para o menos intenso e 40 capsulas para o mais forte...
Tá resolvido.
Intensidade...
Se tudo se resumisse a isso e talvez (tudo) fosse mais fácil..
Ah e tal, hoje estou em modo ristretto e tu, as meus olhos, estás em modo volluto.
Hummm, é melhor combinarmos noutro dia então...
Isto deveria ser, no limite, o significado de dizer: Combinamos um café?
Sempre fui gajo de intensidade (não expansiva mas existente...), mesmo que o acontecimento tenha a brevidade de um café...
No fim, a eficiente e prestável funcionária ofereceu me um café (fazem no a todos os clientes, creio). Quando lhe agradeci, dizendo que não bebia café, riu-se (de forma natural mas mantendo por detrás a postura eficiente e prestável de todo o atendimento).
Acredito que foi um riso irónico. Quase que pensando que eu viveria melhor com o factor intensidade se bebesse café...
terça-feira, maio 01, 2012
Manhattan
Dia do trabalhador com chuva e trabalho... Muita bom!
Salazar dizia que o trabalho enobrece... Hoje tenho sangue azul (azul escuro...).
Mas é impossível não me sentir bem... Acabei o dia com o filme Manhattan.
Beleza! (com sotaque carioca)
Já me tinha esquecido como o sacana do W.Allen é (era...) genial.
É por este filme, que vi todos os outros dele...
Claro que, à semelhança da grande maioria dos "fãs" dele (imagino eu...), não me agradam totalmente os mais recentes (praí desde o Anything else, talvez...).
Não que não sejam filmes agradaveis, filmes que devem ser vistos face à mediocridade generalizada, mas falta espessura aos dialogos, leveza e naturalizada mesmo quando se toca na ferida, falta a ironia que faz rir e reflectir, faltam os gags do Woody Allen, a personagem neurótica e todas as situações que ela arrasta... A essência muitas vezes está lá mas já sem aquele força...
Sempre achei que casar com a filha adoptiva lhe traria efeitos secundários.... :)
Soon-Yi, se faz favor, volta a ceder o lugar à tua mãe Mia Farrow... Obrigado!
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